segunda-feira, 2 de abril de 2012

De como aos poucos nos transformamos em seres comandados pelo piloto automático


Vivemos num mundo onde a velocidade é tudo
De informação rasa e descartável, de amores estranhos ou incompletos,
de pessoas que se conformam com um contato por sms, telefonemas, scraps, emails.
Cursos não presenciais, amores não presenciais, vida não presencial.
Nosso cérebro no fundo de um monitor de tv, computador, celular, tablet e outros aparelhos. Nossa comida não vem mais da horta, ou vem da geladeira ou do microondas, mas se originou numa estufa sob condições desconhecidas por nós. As coisas não tem mais o mesmo gosto. O tomate não tem mais gosto que lembra goiaba, o pepino é amargo e muitas vezes compramos pela aparência, mas quando chegamos em casa, o melão tá passado, o abacaxi tá preto por dentro e nos conformamos com tudo isto. Por que parece que é assim que funciona e não vai nunca ser diferente. Morremos, do coração, de câncer, da ulceras nervosas e um monte de outras doenças que são fabricadas pelos venenos e pela pressa com a qual deglutimos o alimento.Temos conhecimento demais, estatísticas demais e ação de menos. Protelamos nosso exercício diário, nossa caminhada, nossa yoga. E, sobretudo, protelamos pensar em melhorar nossa qualidade de vida. As máquinas nos dão mais tempo, mas o que fazemos com este tempo? Investimos nas máquinas, ficamos no computador, celular ou na TV mais tempo. E os amigos? Como ficam? E os parentes? Estes, vemos a cada velório ou a cada década. Não vou aqui dar nenhuma receita pra se ser feliz ou dizer que precisamos mudar nossos ideais de felicidade e realização pessoal. Termino perguntando se tá bom pra você assim. Se vc não quer mudar nada disto tudo. Se você nunca vai se interessar por aquilo que você realmente quer fazer de sua vida. Talvez não trabalhar naquele lugar que te suga a vida e te dá o suficiente pra pagar contas e sobreviver. Temos falta de gente que faz o que gosta e gosta tanto que trabalha muito bem. As pessoas querem se aposentar mas não sabem o que fazer depois. Imaginem que tem gente que para de trabalhar aos quarenta e cinco anos.Que loucura! É quando temos todo o conhecimento pra fazer o melhor trabalho dentro de nossas especialidades. Com 50 as pessoas são consideradas velhas. Poxa, com 80 então são o quê? peças de museu?Somos mais gordos e mais doentes. Mas há uma desculpa pra tudo isto. Compulsão por comida, ansiedade secular etc.... Enquanto isto morremos cedo, as vezes aos 60, e ja vi vários casos de pessoas próximas morrendo aos 35 ou 40. Eu acho que está na hora de tomarmos pé desta situação. Desligarmos as tv e darmos atenção ao nosso cônjuge e filhos, empilharmos nossos celulares e conversarmos mais durante o jantar ou almoço, Beijarmos mais, abraçarmos mais, dizermos mais "eu te amo". Comprarmos mais rosas, plantarmos mais hortaliças nem que seja em jardins suspensos ou de inverno.
Tá na hora de dar um basta as novelas sem fim, aos big brothers que não dão nada em troca pela assistência (vocÊ devia ser pago pra assistir TV sabia?Deviam te dar o aparelho de graça...mas você ainda compra e acha que ta certo). Devíamos escolher melhor a informação da qual queremos nos servir pois “o copo transborda daquilo que está cheio”. Ler mais livros que nos mostrem como melhorar nosso comportamento e nossas relações com os outros. Em fim, sorrir mais e sempre. Testei isto na sexta passada em uma das casas em que trabalho organizando bibliotecas. Cheguei sorrindo. Treinei no carro pois estava lendo um livro sobre o assunto e queria ver se funcionava. Nesta casa nunca me levam uma jarra d’água a não ser que eu peça. Cheguei sorrindo, perguntei sobre a família da empregada carrancuda, foi instantâneo, ela abriu um sorriso também e me contou que seu marido é segundo cozinheiro de um restaurante chique. Daí já contei a ela que fui cozinheiro em Londres também e aconteceu um diálogo que eu jamais esperava que acontecesse.Depois desci para a biblioteca que fica no andar de baixo e comecei o trabalho. Em alguns minutos ela chegou com a bandeja e um café delicioso e fresquinho. Fiquei surpreso. Agradeci e pensei: "Funciona mesmo." Mas, mais que isto, o que funciona é você ser sincero e querer se relacionar com as pessoas. Menos tecnologia e mais envolvimento com suas relações pessoais vão te fazer mais feliz tenha certeza.
desculpem o tamanho disso....moro só e gosto de escrever...é nisso que dá...

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